terça-feira, 20 de setembro de 2011

Os riscos




No livro “Os axiomas de Zurique” de Max Gunther, o risco é tratado como um termômetro para o investimento como ele define abaixo:

Primeiro Axioma: Risco

Preocupação não é doença, mas sinal de saúde. Se você não está preocupado, não está arriscando o bastante.

Primeiro Axioma menor: Só aposte o que valer a pena.

Segundo Axioma menor: Resista à tentação das diversificações.

Conclusão: Não tenha medo de arriscar um pouco. Alto risco significa alto retorno.(quem nao morre nao vê Deus)”

Mas no relacionamento seria diferente, isso ai em cima, pois o que um relacionamento tem haver com um livro com mandamentos economicos? Tudo bem, o rísco de perder todo o seu dinheiro em uma aplicação errada poderia te deixar passando fome, mas as preocupações, essas serão as mesmas quando se arrisca “uma emoção”.

Viver é um rísco, todo relacionamento possui um rísco de se machucar e é isso que os move, o sentimento de ter hoje e perder amanha é um dos combustiveis. Eis dois exemplos básicos:

Caso 1

“Uma moça, que aqui chamarei de Joana, conheceu no seu trabalho um rapaz, Rafael, os dois se curtiram desde inicio, afinidade total, quase como adolescentes beliscavam-se, davam doces um ao outro, ambos de 27 anos, beirando a maturidade plena, porém eram apenas amiguinhos de trabalho, mas no fundo sabiam que se curtiam. Ela vinda de relacionamentos traumáticos ele livre para o jogo. Na cartada final dele, em uma simples despedida ele tomou uma atitude (simples) e ao se despedir deu um selinho nela. O que ela fez? Ficou inerte, pernas bambas, esperando algo acontecer, ele foi embora. Ela teve que pedir conselhos e demorou 30 minutos para decidir o que fazer, pediu um conselho a um amigo que disse: “minha cara, o que você quer? Manda uma mensagem pra ele e diz que gostou”. Ela mandou, ele respondeu que ainda a estava esperando no estacionamento. No dia seguinte ela tinha um chocolate em cima de seu teclado e uma nova paixão a viver, com apenas uma mensagem de SMS.”

Caso 2

“Duas pessoas que se conheciam por Internet, ambas com relacionamentos sólidos a moça de 24 anos que chamarei de Luciana prestes a noivar, o rapaz que chamarei de Jorge de 30anos com um relacionamento estável, porém estava aberto para o mundo. A distancia entre ambos era de 6 horas de viagem, no máximo. Por dois longos meses se falaram todos os dias, como se fossem namorados, msn, sms e até raras vezes telefonemas. Ambos sentiam se não amor, algo próximo de amor um pelo outro. Além de amor, sentiam a certeza que nasceram um para o outro. Novamente coube ao rapaz a atitude por pedir por um encontro. Depois de muitas idas e vindas, muitos choros ao telefone, ela decidiu que infelizmente não podia arriscar encontra-lo por ser muito conhecida na cidade nem fazer parte de uma rede de mentiras para que os dois pudessem se encontrar. Ele estava disposto a arriscar, ela não”

No primeiro caso, se a mulher tivesse agido apenas com a razão, estaria hoje com o gostinho na boca de um novo amor, porém sem saborea-lo. Ela cedeu ao rísco de se machucar futuramente, mas por quê? Porque o rísco vale a pena. Já no segundo, ela apenas não arriscou, porque achou que o que tinha em mãos era muito valioso e não valia a pena perde-lo. Levou o primeiro e o segundo axioma menor ao pé da letra.

É ou não é facinante? Como um livro de economia pode ajudar na vida?

Pensem nisso, mamiferos...

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